O ano para correr atrás da demanda
A Cloudbeds potencializa hostels há mais de uma década. Éramos desconhecidos quando assumimos a administração do myallocator, desconhecidos que apareceram na WYSTC vestindo roupões na esperança de causar uma boa impressão. Ainda assim, hosteleiros de todos os cantos nos receberam de braços abertos. Nosso relacionamento evoluiu acompanhando suas necessidades e, conforme crescemos, também cresceram as necessidades dos hostels. Temos a honra de servir a esse segmento do setor de hospedagens. Nos últimos anos, vimos os hosteleiros lidarem com a pandemia e marcharem em direção à recuperação total em meio ao aumento dos custos e à inflação em 2023.
Este ano, esperamos que as tecnologias avançadas iniciem uma mudança na forma como proprietários e operadores de hostels fazem negócios ao acompanhar a demanda. Overbookings não planejados, recepções com funcionários 24 horas e diplomas de marketing ou finanças para otimizar a receita são coisas do passado. Diferentes sistemas ultrapassados e isolados também. Vamos ajudar a dar adeus às velhas regras da hotelaria ao fornecer tecnologia, ensino e suporte de primeira para redefini-las.
Como parte desse ensino e suporte, reunimos dados do mundo todo para oferecer insights importantes sobre os hostels, ajudando na tomada de decisões estratégicas. Neste novo e completo relatório do Panorama dos Hostels, você encontrará os principais dados sobre o comportamento de reserva dos viajantes e quais tendências estão mudando o cenário de viagens que conhecemos. Esperamos que essas informações capacitem você para acompanhar a demanda e elevar sua propriedade.
Vamos juntos redefinir as regras para uma hotelaria de excelência.
Adam e Rich
Cofundadores, Cloudbeds
2024: o ano para correr atrás da demanda
No primeiro Relatório do Panorama dos Hostels, a equipe Cloudbeds se baseia em uma coleção de dados, pesquisas e interações diárias com hostels do mundo todo para compartilhar insights e tendências de viagens em 2024.
Se os últimos anos tumultuosos nos ensinaram alguma coisa, é que a mudança é a única constante. Assim que os hostels começaram a se recuperar da pandemia, eles foram atingidos pela crise de mão de obra e inflação desenfreada. Esses desafios começaram a diminuir em 2023, mas continuam a ser obstáculos para o crescimento e a rentabilidade hoje.
No entanto, a perspectiva para a indústria de viagens em 2024 parece animadora. As previsões econômicas passaram do medo de recessão global para a expectativa de “soft landing” e crescimento moderado. A recuperação das viagens internacionais e em grupo está ganhando força. Apesar dos preços mais altos, os consumidores demonstraram determinação para viajar e desejo de viver experiências distintas que somente hostels podem proporcionar.
Enfim, como o ano se desenrolará? Os dados oferecem fortes indicativos, mas ainda há várias incógnitas. Para hosteleiros, 2024 será o ano para correr atrás da demanda. Isso significa monitorar de perto as tendências do mercado e os padrões de viagens para determinar quem está viajando e como captar mais negócios, além de encontrar novas abordagens para superar velhos e novos desafios.
Na primeira seção, compartilhamos dados de reserva de milhares de hostels do mundo todo para ajudar você a comparar o próprio desempenho com os colegas do setor. Na segunda seção, exploramos seis tendências que estão mudando o cenário de viagens, bem como estratégias para se adaptar às tendências e garantir o crescimento de longo prazo.
Na Cloudbeds, nossa meta é fornecer a tecnologia e o conhecimento de que os hostels precisam para competir por mais reservas e hóspedes mais felizes. Afinal, uma hospitalidade incrível não é só o domínio de grandes marcas. Estamos aqui para ajudar com isso.
Comportamento de reserva dos viajantes e insights
Na indústria de hospedagens, os relatórios de dados geralmente focam em hotéis, dificultando para que proprietários e operadores de hostels comparem o desempenho e identifiquem padrões de viagem relevantes para o setor.
Nesta seção, compartilhamos exclusivamente dados de hostels, representando desde pequenos hostels a grupos de hostels. Usando um conjunto de dados próprios com mais de 3 mil propriedades, monitoramos as principais métricas de desempenho ao longo de um período de 5 anos, entre 2019 e 2023. As propriedades estão espalhadas por mais de 95 países e foram divididas em quatro regiões: América do Norte, América Latina (incluindo México), Europa e Ásia-Pacífico.
As seguintes métricas fornecem uma visão macro de como o comportamento de viagens evoluiu para hostels e para onde o setor parece estar se encaminhando. No nível da propriedade, elas revelam dicas valiosas sobre o que será preciso para ampliar a participação no mercado e aumentar a rentabilidade em 2024.
Ocupação: taxas muito altas
2022 foi o ano em que a ocupação global dos hostels se recuperou totalmente (e foi um pouco além) da pandemia, alcançando um índice de 104 em relação aos níveis de 2019. Em 2023, vimos esse número aumentar para 110, com a ocupação dos dormitórios mantendo níveis recorde ao longo do ano até novembro, quando se aproximou a 2022. A ocupação de acomodações privativas, embora ainda elevada de janeiro a junho, normalizou na segunda metade do ano.
Esse pico na ocupação pode ser parcialmente atribuído à alta demanda por viagens em combinação com a incerteza econômica e a inflação, levando os turistas a acomodações de maior custo-benefício, como hostels. Quando comparamos esses dados com nosso Relatório da Hotelaria principal, vemos que os hostels têm melhor desempenho do que outros tipos de acomodações.
Tendo em vista 2024, será interessante ver se as taxas de ocupação continuarão a subir com o retorno de grupos e turistas internacionais da Ásia ao mercado ou se a ocupação manterá a tendência observada na última metade do ano e voltará aos níveis “normais”.
Tarifa média diária (ADR): uma proteção contra a inflação
A tarifa média diária (ADR) foi um impulsionador importante do desempenho dos hostels desde a pandemia. Em 2023, os hostels alcançaram um índice de ADR de 127 em relação a 2019, ou seja, as tarifas estavam, em média, 27% mais altas. Para alguns hostels, um forte crescimento da tarifa combinado a uma alta ocupação permitiu um recorde nas receitas de hospedagem.
No entanto, o quadro não é tão otimista quando as diárias são ajustadas para a inflação. No mundo todo, a inflação teve um pico de 8,7% em 2022 e, depois, caiu levemente para 6,9% em 2023. Como resultado, o crescimento das despesas operacionais superou o crescimento da receita para vários hostels em 2023. Nos EUA, por exemplo, os custos de mão de obra eram um adicional de 7,5% por acomodação ocupada em relação a 2022.
Este ano, a inflação global está prevista para cair mais, mas permanecer relativamente alta, a 5,8%, embora deva se aproximar da normalização em países desenvolvidos. Isso levanta uma grande questão para os hosteleiros: o quanto os preços podem ser aumentados para compensar os custos crescentes? Nos EUA, a CBRE projeta que a ADR das propriedades deve aumentar apenas 2,3%.
É interessante observar que, ao analisar a ADR regional, as acomodações privativas cresceram em todas as regiões, enquanto a ADR dos dormitórios diminuiu 17% na América Latina. Essa queda pode ser provavelmente explicada pelo fato de que as moedas de vários países da América do Sul, como Argentina e Venezuela, perderam valor em comparação com moedas fortes como USD e EUR, deixando as acomodações privativas mais baratas e reduzindo a demanda por dormitórios.
Diária Média regional (acomodações privativas), ano a ano
Diária Média regional (dormitórios), ano a ano
Receita por acomodação e cama disponível (RevPAR e RevPAB): espaço para crescimento
A receita por acomodação disponível (RevPAR, do inglês Revenue per Available Room) é uma métrica de desempenho importante, porque indica o quão bem os hostels equilibram a necessidade de ocupar acomodações com o desejo de uma tarifa média alta. No mundo todo, em 2023, os hostels alcançaram um índice de RevPAR de 117 em relação a 2019.
Outra métrica importante é a receita por cama disponível (RevPAB, do inglês Room per Available Bed) como um indicador de desempenho em relação aos dormitórios. No mundo todo em 2023, os hostels alcançaram um índice de RevPAB de 125 em relação a 2019, superando a RevPAR. Isso indica o valor dos espaços compartilhados e a crescente popularidade entre os viajantes.
Enquanto 2020 e 2021 são anos fora da curva devido à pandemia, o padrão de crescimento estável da RevPAR desde então é um bom sinal para os hostels em 2024. Desde que a ocupação permaneça estável e os hostels possam manter ou aumentar a tarifa média com descontos seletivos e rendimento inteligente do inventário de acomodações, há espaço para crescimento adicional da RevPAR.
RevPAR global, indexada a 2019
RevPAB global, indexada a 2019
Origem da reserva: as OTAs estão mais fortes do que nunca
As agências de viagens online (OTAs) sempre tiveram um papel fundamental na estratégia de distribuição de hostels. Ao longo dos anos, as OTAs dominaram como a principal fonte de reserva dos hostels, caindo levemente para pouco menos de 60% em 2020. Essa queda foi provavelmente em resposta à pandemia, quando os viajantes hesitaram em reservar pelas OTAs devido ao medo de precisar cancelar ou adiar.
No entanto, desde então, vimos que as OTAs voltaram mais fortes do que nunca: uma tendência identificada no Grande Livro das OTAs de 2024 da Cloudbeds. Em 2023, as OTAs geraram 70% das reservas globais, a proporção mais alta dos três anos anteriores e muito mais alta do que as reservas geradas em canais diretos, que corresponderam a 30%. Em nenhum outro lugar essa tendência teve mais relevância do que na Europa, onde as OTAs representaram 73% das reservas totais. Seguida pela Ásia-Pacífico, com 64%. Em comparação, na América Latina, a parcela das OTAs foi de 56% — o volume mais baixo de reservas por OTAs em todas as regiões.
O predomínio das OTAs consolida a importância de uma estratégia de distribuição diversificada para maximizar a visibilidade online e as reservas. Conforme relatado no Grande Livrodas OTAs, os hostels veem ótimos resultados com um mix estratégico de conexões a OTAs em canais globais, regionais e de nicho.
Um mix de canais diversificado, além de levar a mais reservas nas OTAs, ajuda a gerar reservas diretas pelo efeito outdoor, com os visitantes saindo das OTAs para visitar o site do hostel. Para converter esse tráfego em reservas diretas, é preciso ter um site otimizado para a busca e compatível com dispositivos móveis, apresentando imagens e descrições claras e um motor de reservas integrado. Investimentos na publicidade de metabusca e na otimização de anúncios também ajudarão os viajantes a encontrar os hostels ao buscá-los na internet após a exposição nas OTAs.
Porcentagem global de reservas totais por origem de reserva, OTA x Outras origens
Porcentagem de reservas totais por origem e região
Dados adicionais
Faça o download do relatório completo e obtenha dados dos seguintes comportamentos e insights de reservas de viagens:
Janela de reserva
A janela de reserva é o número médio de dias que os viajantes reservam viagens antes da data de chegada. Geralmente, quanto maior a antecedência da reserva, melhor para a propriedade. Quando as empresas de hospedagem sabem previamente quão ocupadas estarão, elas conseguem gerenciar os preços e o planejamento operacional de forma mais eficaz.
Duração da estadia
A duração da estadia (LOS, do inglês Length of stay) é o número médio de noites que os hóspedes ficam em uma propriedade. Geralmente, as propriedades se esforçam para atrair hóspedes para estadias mais longas, a fim de aumentar a ocupação e reduzir os custos operacionais. No entanto, os hóspedes de estadias de longa duração esperam frequentemente tarifas mais baixas, o que pode reduzir a ADR.
Tendências em check-in / check-out
Aqui, examinamos os padrões de chegada e partida. Em que dias os viajantes fazem check-in e check-out com mais frequência? Ao compreender estes padrões, os hostels podem gerir os preços e os controles de inventário para distribuir as reservas de forma mais uniforme ao longo da semana e nivelar os picos e as quedas de ocupação.
